Descrição
Sobrevivência Dourada: A Lenda de Makala
O sol descia sobre o Pantanal, tingindo o rio com reflexos dourados. Estávamos nos instantes finais de nossa expedição, quando o barqueiro, com olhar atento, avistou algo incomum: um pequeno filhote de onça-pintada atravessando o rio sozinho. Seu nome era Makala.
De imediato, o silêncio tomou conta do barco. Sabíamos que aquele movimento solitário era arriscado demais. Enquanto observávamos, percebemos algo ainda mais dramático — à margem oposta, Kaluanã, um imponente macho adulto, observava o filhote com olhos de caçador. Ele aguardava o momento certo para atravessar.
Entre as onças, é comum que machos eliminem filhotes para forçar as fêmeas a entrarem no cio novamente. E Makala estava prestes a se tornar mais uma vítima desse ciclo implacável da natureza.
Foi então que nosso barqueiro acelerou o motor, o ruído das hélices rompendo o silêncio do entardecer. A manobra desviou a atenção do predador, interrompendo o avanço de Kaluanã e dando ao pequeno a chance que ele precisava.
Naquela tarde dourada, a vida venceu por segundos.
Makala conseguiu chegar à outra margem e se refugiar na mata — e nós, sem dizer uma palavra, entendemos o tamanho do que havíamos presenciado: o milagre da sobrevivência.
Meses depois, soube por amigos que Makala está vivo, crescendo ao lado da mãe, forte e curioso, como se carregasse em si o espírito de quem já desafiou o destino.
Uma história real sobre coragem, instinto e esperança — onde a fronteira entre a vida e a morte cabe em um sopro de luz sobre as águas do Pantanal.
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A obra “Sobrevivência Dourada – A Lenda de Makala” foi reconhecida internacionalmente, conquistando:
🏅 Dois Ouros no London Photography Awards 2025
🏅 Um Ouro no European Photography Awards 2025







